sexta-feira, 25 de abril de 2014

Sou "Primitivista" sim, por quê?

Há teólogos que têm verdadeira  aversão aos movimentos chamados "restauracionistas" ou "primitivistas", embora nem sempre se auto-denominem assim, os quais para estes são "seitas" ou formadores de seitas, que representam perigo se não forem combatidos e defendem até mesmo um tratamento cirúrgico, conforme o caso.



Esta resposta é necessária, pois estes teólogos e suas infalíveis teologias nutrem um desejo estranho em atacar os chamados movimentos restauracionistas, principalmente o judaísmo messiânico, que aqui no Brasil tem sua forma mais expressiva no Ministério Ensinando de Sião [1],  movimento do qual alguns destes teólogos até fizeram parte.




Os ataques normalmente têm objetivos específicos: 






1 - Denegrir primeiro a imagem do fundador (líder) do movimento e por extensão o próprio movimento;


2 - Rotular estes movimentos de "seitas", tentando descaracterizar a interpretação que fazem de determinados textos bíblicos;




3 - Condenar o uso litúrgico que fazem de certos aspectos da cultura judaica, como se isso fosse algo maléfico à vida eclesial da comunidade.




Para mim, a priori, por trás destes ataques se esconde um sentimento "recalcado" de inveja por talvez não ter alcançado uma posição de destaque no movimento, que com certeza o "atacante" nutria, mas por ter sido percebida a intenção errada, logo foi afastado de suas funções. Daí resultou a discórdia e agora o interesse egoísta em atacar tudo que tenha cunho "judeu-messiânico" sob um falso manto de sabedoria judaica. Isto se estende aos outros movimentos, que tenham a simples intenção de apontar uma necessidade de mudança na igreja atual.




Certo dia desses, eu li um artigo [2] onde o autor condena a ideia que os movimentos restauracionistas (principalmente o judaico-messiânico) fazem de restauração, afirmando que no Brasil se usa indevidamente o termo "restaurar" aplicando-o à Igreja, comprometendo o seu sentido bíblico e original. O autor, embora se saiba possuir conhecimentos de teologia e cultura judaicas, parece ter se esquecido de verificar o contexto do texto de Atos 3:19-21 e não apontou nenhuma estatística para provar quem são estes movimentos no Brasil. Parece que a "briga" dele tem alvo certo e atira em todas as direções com o objetivo de acertar apenas um: O ministério Ensinando de Sião



Apontando o texto bíblico de Atos 3:19-21 onde ocorre o uso do termo grego APOKATASTASEÔS (restauração), e até  mesmo ao final de sua citação, o texto de Atos 1:6 (citado erroneamente pelo autor como Atos 1:9), ele afirma que o texto referido faz alusão à Israel, sem haver ligação com a Igreja, mas pensa que Pedro estaria também aludindo à restauração da criação.


De fato, quando Pedro usa o termo, parece estar indicando uma restauração de Israel,  (o que concordo), todavia, a mim me parece que ele não está apontando para restauração das coisas criadas como sugere o autor do artigo, querendo desta forma descredibilizar o movimento de restauração. Aliás, nem mesmo os movimentos restauracionistas pensam em "re-criação do mundo físico", mas numa re-criação ao estado original do Éden. (condição espiritual, não material).

Significativamente, no versículo 24 e 25 de Atos 3, o apóstolo fala de promessas feitas "de Samuel em diante" (NVI) e do pacto feito com Abraão, que aludem sem dúvida ao Reino de Israel prometido ao Filho de Deus, descendente de Abraão e Daví. (Cf. 2 Sm 7:12-17; Gen. 12:3 e Rom. 4:13).

Estas promessas são de Israel (Rom. 9:4) e foram estendidas a nós através do Messias, como o próprio Pedro indica em Atos. Sem dúvida, Cristo está inserido nelas e sem ele nenhuma promessa a nós seria possível. 

Mas, a conexão com Israel é inevitável. Por isso, os discípulos perguntaram se o Senhor restauraria (APOKATHISTANEIS ) o reino a Israel naqueles dias. (Atos 1:6). Note que os discípulos usaram a palavra “restaurarás” na pergunta. Isto quer dizer que este reino existiu, foi derrocado e novamente seria estabelecido, porém agora com um rei descendente do Rei David. 

Interessante perceber que o mesmo uso do vocábulo ocorre tanto em Atos 1:6 quanto na referida passagem de Atos 3:19, e esta repetição reforça a ideia de que se trata da restauração do Reino de Israel e não da restauração das coisas criadas. 


Depois de ressuscitar, Jesus continuou pregando acerca do Reino de Deus aos discípulos por espaço de 40 dias. 

Jesus não lhes havia ensinado que um novo reino seria estabelecido “no céu”, mas seria estabelecido em ISRAEL, em um tempo que só O Pai havia estabelecido por Sua exclusiva autoridade. 


Em Atos 3:21 Pedro explica para que Jesus voltará ao mundo novamente: "para restaurar todas as coisas de que falaram os santos profetas".
Esta impressionante revelação escrita por Lucas, mostra que por ocasião da sua segunda vinda, Cristo virá restaurar ou restabelecer a dinastia caída de David. O Profeta Amós falou dessa futura restauração dizendo: Naquele dia levantarei o tabernáculo caído de David. (Amós 9:11). 

Faz aproximadamente 2500 anos que Israel não tem um rei Judeu e nem uma monarquia estabelecida como a de David. Isto, porem, estava profetizado por Oséias quando disse: 

Porque os filhos de Israel ficarão por muitos dias sem rei, e sem príncipe, e sem sacrifício, e sem estátua, e sem éfode ou terafim. Depois tornarão os filhos de Israel, e “buscarão ao SENHOR seu Deus, e a Davi, seu rei”; e temerão ao SENHOR, e à sua bondade, no fim dos dias. (Oséias 3:4,5). 


Esta promessa significava que viria um descendente de David que tomaria o trono no futuro. Deus tem em mente restaurar aquele reino que Ele mesmo havia estabelecido com David e seus filhos. 

Porventura não vos convém saber que o SENHOR Deus de Israel deu para sempre a Davi a soberania sobre Israel, a ele e a seus filhos, por uma aliança de sal? (2 Crônicas 13:5).

O reino de Deus, estabelecido a partir de Jerusalém (1 Cr. 28:5) é o fio de ouro que percorre toda a bíblia e foi o ensino central de Jesus e dos apóstolos. (Cf. Lucas 4:43; Atos 8:12; 28:23,31).

Segundo o grego clássico, o verbo apokathistemi significava originalmente "restaurar para um estado anterior e depois restaurar de modo geral". Foi com Orígenes que Atos 3:21 serviu como base para um conceito de "restauração universal".

Este verbo se acha na LXX usualmente para traduzir a raiz "Sûb", que no qal significa "voltar-se para trás", "retornar"; no piel, "trazer de volta". Assim este verbo fica sendo mais e mais o termo para as esperanças escatológicas e parcialmente messiânicas de Israel, para a restauração de seu estado anterior (grifos meus) [3].


Segundo George Eldon Ladd, "o mistério do Reino é a vinda do reino à história em antecipação da sua manifestação apocalíptica. É em resumo, cumprimento sem consumação".

O reino de Deus, assunto principal dos ensinos de Jesus é na verdade o domínio de Deus entre os homens e que na sua qualidade escatológica já veio à terra e continuará até a consumação dos séculos quando então se realizará plenamente. Uma "escatologia em processo de realização" (J. Jeremias).



E onde entra a Igreja nisto?



Essencialmente, o que os chamados "movimentos de restauração" querem é um retorno da fé bíblica da Igreja (a qual amam), isentando-a dos dogmas estabelecidos da igreja institucionalizada. E eles não estão errados em hipótese nenhuma, mesmo que pareça se utilizarem de aspectos da cultura judaica, e de práticas judaicas ainda que tardias, pois é melhor aderirem à tradição bíblica ou judaica, que aderirem a práticas pagãs. Pior, crer numa mentira com roupagem bíblica. Pior ainda, praticarem algo sem base bíblica.



Mas, por que será que estes teólogos têm medo de "reformistas"? Por que têm medo de voltar às raízes?

Este retorno é necessário porque a Igreja se desviou de suas raízes, que se encontram em Israel e no judaísmo (o judaísmo de Jesus). É a esta "desconexão" que os movimentos de restauração pretendem aludir. Isto não quer dizer que eu deva praticar tudo que a tradição judaica ensina, as festas, as roupas, os alimentos, etc...precisamos aprender a separar as coisas. Mas, em hipótese nenhuma, podemos nos "desligar" das matrizes judaicas as quais o cristianismo primitivo aderiu e das quais retira sua seiva. A própria natureza ensina que nenhuma planta ou árvore pode sobreviver, estando desligada de suas "raízes".

Mas, um pouco de história da Igreja Cristã faria (ou deveria fazer) bem a estes teólogos, se analisassem com cuidado e percebessem que a igreja apostólica em nada se parece com a igreja que se originou no 4º Século.  

Mesmo a igreja primitiva tinha um mandato de alcance mundial. Ela não ficaria jamais estática. Ela não é uma "seita" do judaísmo, mas um renovo do Judaísmo, pois representava o judaísmo de Jesus (genuíno). Grandes estudiosos já sabem há muito tempo, que Jesus não é o fundador do Cristianismo!!

É muita presunção a meu ver, pensar que a igreja institucional do 4 seculo e a igreja atual é igual ao modelo apostólico. Nunca! 
Para ser, é preciso "retornar". Um giro radical. Objetivo, portanto, do "primitivismo" apostólico. Não descarto que exista excessos no meio restauracionista, mas daí a denominarem todos por causa de um é pura presunção, falta de entendimento, desonestidade.

Por este motivo, utilizar o termo "voltar às suas raízes bíblicas e apostólicas" não contem nenhum erro teológico a meu ver, pois de fato, tanto o termo quanto o conceito estão na bíblia. 
Erro teológico é querer fundar doutrinas sem o uso adequado de terminologia bíblica. 


Interessante que em seus primórdios, a igreja Adventista do 7 Dia tinha essa mentalidade de retorno à fé original, porém, infelizmente perdeu-se. Veja como os pioneiros adventistas tinham uma noção apuradíssima de "como" fazer para voltar à bíblia, sem a mediação dos sistemas humanos:



O primeiro passo para a apostasia é estabelecer um credo e dizer que devemos crer nele. O segundo é fazer desse credo um teste de discipulado. O terceiro é provar os membros por esse credo. O quarto passo é denunciar como heréticos aqueles que não crêem no credo. E, quinto, persegui-los por isso’. (John Loughborough, 1861)

Estabelecer um credo é fazer estacas e levantar barreiras ao futuro desenvolvimento’ [...] A Bíblia é nosso credo. (Tiago White).

Uma sequencia, a meu ver, logica e com um alcance muito profundo, percebam:

1º passo para a apostasia = Estabelecer um credo / dizer que "devemos" crer nele;

2º passo para a apostasia =  Fazer desse "credo" um teste de discipulado;

3º passo para a apostasia = Provar os membros por esse "credo";

4º passo para a apostasia = São "hereges" os que não crêem nesse "credo";

5º passo para a apostasia = perseguir quem segue o referido "credo".


E não é exatamente isto que as igrejas fazem na atualidade, inclusive a igreja adventista que não aderiu a esta forma de pensar??

Volto a perguntar: Por que ter medo de "retornar às raízes"? Por que ter medo de "reformistas"?







Olhando para os dias de hoje, visto que todas as igrejas formadas diferem entre si em questões variadas, principalmente em questões doutrinárias, tenho dificuldade em aceitar que Jesus veja  como "esposa" (usando o simbolismo de Efésios 5:24-27) muitas ou algumas destas igrejas atuais. 

É triste constatar que as igrejas evangélicas (trinitarianas) possuem in totum a genética da mãe (igreja católica). Basta uma simples olhada nos seus pontos de doutrina.

Infelizmente, o que se constata é que a Igreja atual desde Nicéia se transformou numa "instituição" e não em um organismo vivo (1 Cor. 12:27), e esta transformação a fez se dividir em inúmeras outras (instituições). 
É como se olhássemos um trem entrando no túnel e quando saísse, ao invés de um, veríamos muitos outros trens. Uma multiplicação, portanto, humana, não Divina. 


O autor do referido artigo que citei acima, condena o chamado movimento Stone-Campbell, principalmente Thomas Campbell.


Thomas Campbell acreditava que os credos serviam para dividir os cristãos. Ele também acreditava que a Bíblia era clara o suficiente para que alguém pudesse entendê-la e, portanto, credos eram desnecessários

Interessante que para essa premissa muito importante, uma frase ficava muito em evidência à época: "Onde as Escrituras falam, falamos, onde as Escrituras são silenciosas, estamos em silêncio." 

Seguindo este lema, ele logo começou a duvidar de muitas das teorias religiosas a que ele havia aderido formalmente. E começou a examinar o conteúdo não escriturístico de cada dogma de fé e ato de adoração. A Bíblia era seu guia e a palavra de Deus a sua autoridade suprema.

o autor do artigo deveria saber que  a intenção de Campbell era a mais genuína possível, bem como a intenção dos reformadores e de alguns grupos que ele deixou de mencionar, como os cristadelfianos e os socinianos, por exemplo. Estes dois movimentos rotulados como "primitivistas" visando depreciar sua imagem, sempre procuraram um retorno à originalidade da doutrina apostólica. Intenção esta que falta nos lideres atuais. 


No vídeo abaixo, o Rabino Brasileiro Marcelo Guimarães (Ensinando de Sião) explica como se deve entender o conceito de "reforma" e por conseguinte o conceito de "restauração". Veja que ele em nenhum momento fala mal da igreja protestante. Ele quer simplesmente que a Igreja faça uma re-leitura dos conceitos esquecidos por causa justamente da separação de suas raízes judaicas, o que podemos constatar ainda na atualidade.

O uso que o Rabino faz de ilustrações tiradas da construção de objetos e dos planos de voo, de forma alguma são argumentos fracos a mentes ingênuas. Estas ilustrações são muito didáticas e seu uso foi muito bem colocado para ensinar como se deve realizar este "retorno" à originalidade.

Ingênuo e frágil é afirmar que embora a palavra trindade não esteja na bíblia, a ideia está. Isto sim, um argumento tão falacioso que dispensa maiores comentários.

De fato, a Reforma protestante não proveu elementos suficientes para um verdadeiro retorno à originalidade das Escrituras. E é mais do que sabido, que Lutero queria mesmo é Reformar a igreja que ele amava (igreja católica), ele não queria criar outro movimento, outra igreja. 







A verdade é que o Cristianismo se extraviou e não representa mais os ensinos bíblicos em pelo menos 4 áreas fundamentais: 



Quem é Deus; 
A Natureza de Cristo; 
A Natureza do Homem;
A Origem do Mal.



Enquanto pausei a escrita deste artigo, encontrei em minha caixa de entrada um artigo escrito pelo renomado teólogo Dr. Leonardo Boff [4], onde ele explica a chamada concepção societária de Deus e afirma que esta ideia tem a ver com um monoteísmo, mas trinitário, singularidade do cristianismo. (grifos meus).

Podemos observar no artigo do renomado teólogo o uso não-bíblico de terminologia, o que em minha opinião faz com que a doutrina tenha que ser exposada assim pela necessidade de explicar as diversas contradições que ela tem com a bíblia (leiam o texto), além de conceitos estranhos às escrituras como, por exemplo - Se houvesse um só e único Deus reinaria, de fato, a absoluta solidão.


Como assim, se houvesse "um só e único Deus"? Há, de fato, UM SÓ E ÚNICO DEUS. As escrituras (AT e NT) afirmam com clareza absoluta:


1 Cor. 8:6 - 1 Tim. 2:5 - João 17:3 - Ef. 4:6 - Marcos 12:29 - Deut. 6:4 - Deut. 4:35 - 1 Reis 8:60 - 1 Cr. 17:20 - Is. 45:5 - Is. 45:21 - Is. 44:8.


Eu concordo com o Dr. Leonardo. A concepção trinitária de Deus é de fato "singular" ao cristianismo (diga-se institucionalizado), mas não ao "cristianismo unitário" (bíblico).

Terror dos teólogos trinitários é o texto de Isaías 44:24 (AA):

Assim diz o Senhor, teu Redentor, e que te formou desde o ventre: Eu sou o Senhor que faço todas as coisas, que sozinho estendi os céus, e espraiei a terra {quem estava comigo?};




Ora, conceber Deus em termos que as escrituras não ensinam acaba gerando esta confusão que vimos no artigo do Dr. Leonardo. 
Isaías, além de nos informar em vários textos que "não há outro deus" e que este Deus é "único", ainda nos ensina que ele estava "na solidão do UNO" quando estendia os céus e espraiava a terra. Quem estava com ele? 

Aí vem os sábios e dizem que "não era bem assim que Deus quis dizer, que ele na verdade não estava sozinho" e que "Ninguém é antes ou depois. Emergem juntos, sempre voltados uns para com os outros, se comunicando reciprocamente e sem fim".

O difícil é apontar um texto bíblico para confirmar a assertiva.

O quadro abaixo ensina que: DEUS (no centro) é PAI, FILHO, ESPÍRITO SANTO. 
O PAI é DEUS; O FILHO é DEUS;  O ESPÍRITO SANTO é DEUS.

O Deus "trinitário" é na verdade a síntese (junção) de 3 hipóstases com a mesma essência. Seria representado a maneira medieval da seguinte forma: 
Um ser com 3 cabeças (como na figura abaixo). [5]







O Deus bíblico é de fato muito diferente do descrito no credo Niceno-Constantinopolitano. Ele é UM - INDIVISÍVEL, como ensina o credo judaico de Deuteronômio 6. 
Ele não é um Deus "misterioso", mas compreensível, como no credo bíblico. 

Um Deus assim, do qual fomos feitos à Sua imagem e semelhança, posso compreender e amar.
O Deus Uno é "in-clusivo", ao contrário do Deus Trinitário que é "ex-clusivo" e "in-compreensível".


O Jesus bíblico é de fato muito diferente do Jesus descrito no credo de Calcedônia. Este Jesus é parte desta hipóstase, ao passo que o Jesus bíblico era fundamentalmente humano, cujo "monoteísmo" tinha raízes fincadas no Deuteronômio (Compare Deut. 6:4 com Marcos 12:29). Quem lê, entenda!

O Único Deus e o Único Jesus são os descritos na bíblia, não nos credos. Voltar às raízes é fator primordial se quisermos aguardar um retorno de Cristo e do seu glorioso reino.


Não aceitem imitações!





MARCELO VALLE






NOTAS

[1] http://ensinandodesiao.org.br

[2] http://pensarigor.blogspot.com.br/2012/03/restauracao-o-que-e-isto.html;

[3] COENEN, Lothar; BROWN, Colin - Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento - 2a Ed. Sao Paulo - Ed. Vida Nova, 2000. Artigo: REI; RECONCILIAÇÃO;

[4] http://leonardoboff.wordpress.com/2012/10/22/no-principio-esta-a-comunhao-dos-tres-e-nao-a-solidao-do-uno/

[5] http://www.adventistas.com/janeiro2003/tipo_trindade_3.htm