Inicio
este manifesto fazendo de frente uma constatação: Tenho percebido ao longo da
minha caminhada que fiz nesta denominação, que as pessoas na CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL (CCB) possuem uma "Dependência Psicológica"
em relação aos ensinos da Igreja. Eles criaram uma espécie de "muleta",
onde não conseguem andar sem ela de jeito nenhum.
E o que caracterizou esta dependência psicologica?
Em minha opinião, o que caracterizou esta dependência, foi quando comecei a observar
as pessoas e seus comportamentos dentro das seguintes condições:
1 –
Para eles, a denominação é a "única" que prega a verdade - As outras
ensinam o erro.
2 -
Fora da igreja não há salvação - Só está salvo quem está na CCB.
3 -
Criação de "jargões" onde predomina o uso repetitivo que é
copiado por todos - Todos passam a falar e fazer coisas que ouviram de outros,
mas não tem o mínimo de respaldo bíblico, o fazem simplesmente por imitação.
4 - O que é dito pelo "líder" no púlpito (Ancião, Cooperador) deve ser
aceito sem questionamento, pois trata-se de Revelação Divina - Alguns até tem o
status de profeta.
5 - Uma suposta "inspiração pelo espírito Santo", que dá o
status de autoridade a qualquer palavra pregada no culto - Desprezo pelo estudo
minucioso da bíblia, ou quando o fazem, sempre tendo como palavra final a
tradição.
6 - O ensino da igreja sempre emana de um corpo diretivo
principal - Normalmente a "suposta" igualdade doutrinária na
verdade não passa de manipulação para enganar os fiéis. Na CCB todo conjunto doutrinario emana dos chamados "tópicos de ensinamentos".
DESENVOLVIMENTO DO TEMA
Das 06 condições que apontei acima, a última, todavia me parece a
mais perigosa. Onde há um corpo diretivo principal, de onde saem as
"doutrinas" para guiarem as pessoas, normalmente estas são elaboradas
sem um estudo bíblico abalizado e as
pessoas têm que aceitar este ensino sem poder questionar sua validade. O ideal seria que as doutrinas fossem compostas por um colegiado com
diferentes opiniões, com pessoas competentes no conhecimento bíblico, e que chegassem a unanimidade com total embasamento.
Esta maneira de atuar da CCB sem
dúvida não procede das escrituras. Cf. Atos 17:11, para derrubar esta
ideia.
O texto de Atos 17:11 afirma que os "Bereianos" receberam de bom
grado a palavra, mas o fizeram após um exame "diário" das escrituras
para ver "se estas coisas eram assim". O contrário também é válido:
Se o ensino não estiver de acordo às escrituras, não deve
em hipótese alguma ser aceito. Mesmo os ensinos do grande Apóstolo Paulo eram examinados à luz das escrituras
para verificarem sua validade.
Estas são características gerais que pertencem às denominações que se
apresentam como exclusivas e únicas, como é o caso da CCB.
Ora,
examinar as escrituras diariamente é uma ferramenta segura contra a opinião
pessoal (seja de qualquer membro ou de alguém com cargo ministerial), pois se
cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus, é importante que cada um de nós
examine os problemas religiosos que acompanham nossa vida diária e forme
por si sua própria conclusao.
Um
principio muito importante, pois frisa muito bem que cada pessoa é responsável pela
opinião que emitir e que você deve por si mesmo buscar compreender e avaliar a
temática conforme as [suas] condições. Quem conhece e vive sua vida é você
mesmo e ninguém melhor do que você pode avaliar sua propria situação!
IGREJA X BIBLIA = CCB
Por exemplo, será que é correto praticar determinadas ações, somente porque a
minha denominação proíbe?
O que a igreja proíbe é sempre o que
a bíblia proíbe?
Eu
percebi que o que está certo para a "igreja" nem sempre está certo
para a "bíblia". E também, que o que é certo passa a ser errado, e o
que é errado passa a ser certo quando avaliado sob a ótica da doutrina
eclesiástica e não da bíblia.
Ou
seja, a CCB criou padrões de comportamento, de vestuário, de comunicação, com
suposta fundamentação bíblica. Mas, ao conferir esta fundamentação, não
consegui encontrá-la. Uma vez ouvi um Ancião pregar no púlpito que - crente
hoje está todo errado, pois em sua casa entra todos os tamanhos de aparelhos de
TV, e fez questão de frisar que na casa dele “jamais entraria um aparelho
desses”.
Eu
fico imaginando quanto tempo perdido esses “ungidos” levam pensando sobre
questões tolas como essas, para depois bombardearem os irmãos de cima do
púlpito!
Eu sei que muitos não vão aceitar o que estou dizendo, mas, desculpe a
sinceridade, é porque você também é mais um SEGUIDOR DE HOMENS que não consegue caminhar
com os próprios pés, porque pensa que já ouviu ou que já leu toda a verdade
bíblica, mas na realidade o que você segue são ensinos formulados nas reuniões
ministeriais, mas você pensa ingenuamente que está seguindo a bíblia, tem medo
de confrontar sua crença e as supostas palavras desses ungidos!
Devemos
verificar sempre se a interpretação procede e se tem base bíblica, afinal, o
principio protestante clássico é a : Sola Scriptura (somente a escritura).
Mas parece um tanto esquecido este princípio, afinal é melhor sentar no banco e
ouvir o líder pregar, é mais cômodo e não gasta tempo com estudo
pessoal.
Aliás,
interpretação bíblica é o que mais falta nos “ungidos” do Senhor. E, aqueles
que ousam questionar são tidos como “hereges”. Esta é a Santa Inquisição da CCB!
Particularmente penso que as pessoas que se mantêm nesse patamar religioso e
eclesiástico são pessoas que no fundo gostariam de dizer e fazer o que estou
dizendo e fazendo aqui, mas elas têm medo. Elas tem medo de "cair",
porque se abandonarem sua muleta, como poderão andar? Se esqueceram, porém, que
as duas pernas que possuem estão em pleno vigor físico.
Elas querem
também é "voar", mas o que vão fazer se perceberem que outros vão
olhar para eles e condená-los?
Engraçado é que se alguém decide "tomar do fruto e comer" (aqui
certamente vão torcer o significado que pretendo dar), para que os olhos se
abram e seja como Deus sabendo o bem e o mal [Genesis 3:5], logo é visto como o
transgressor, o pecador, aquele que merece ser exilado para fora do jardim....
Talvez a queda de Adão não tenha sido mesmo uma queda, quem sabe? Talvez tenha
sido uma queda para cima, quem sabe?
Outro detalhe que vejo neste complexo eclesiástico com roupagem santa, é
que as doutrinas emanadas das reuniões ministeriais colocam Deus dentro de
uma caixinha e dizem para ele: Fique ai e só aja de acordo ao que nós
dissermos.
Deus é restrito apenas ao que a denominação diz.
Ele só ouve sua oração dentro dos moldes exigidos pela denominação. Tem que ser
de joelhos, somente!
Ele só atende você, se estiver vestido à maneira exigida da denominação. Homens
de calça comprida e mulheres de saia, senão é pecado! (Os cultos on line provam minha tese).
Ele
só escuta a música da denominação. Só os hinos do hinário são inspirados por
Deus.
Ele
jamais atende quem não estiver ligado à denominação.
Ele
só se apresenta dentro do templo erigido da denominação, pois não poderia se
apresentar fora dele. (Onipresença somente dentro dos templos?)
Ele é tirano, maltrata quem erra e tira a liberdade de quem o desobedece.
Ele é cruel e vingativo.
Ele, enfim, é um deus pequeno, impotente, pois não tem liberdade de
ser quem Ele deseja ser.
A EGREGORA CCBIANA
Conseguem
perceber que este “Deus” é a projeção clara de todos os atributos humanos de
seus lideres e por extensão, de seus membros?
O "Deus" da CCB é a projeção imagetica e mental do colegio de anciaos em concordancia com toda a irmandade. Uma especie de egrégora esoterica CCBiana.
Eu estou sendo bem ousado em minhas afirmações e se for apedrejado [num bom
sentido] por isto, não estou nem um pouco me importando. Não tenho dívidas com
ninguém e nem estou interessado em fundar nenhuma denominação. Para quê? Já
existem tantas, aos milhares.
Há gosto doutrinário para tudo!
As religioes viraram um verdadeiro mercado onde se têm produtos para todos os gostos.
E,
também, se alguém discordar de mim, não me importo com isso...Minha vida
pertence a Deus e principalmente a mim mesmo.
Todavia, penso que as pessoas deveriam refletir melhor a respeito do que creem e
como creem, pois, segundo a biblia - o Eterno, o Criador do céu e da terra não habita em templos
feitos por mãos de homens [Atos 7:48,49], pois ele habita em mim e em
você, onde você estiver.
Estás ligado a Deus? Então, sem duvida ele estará ligado a você. E não me venha
por favor, dizer que eu não estou, somente porque não pertenço à sua ou à outra
denominação. Isto não está na bíblia, nunca esteve!
Você pode
estar "dentro" da igreja, mas Deus pode não estar "dentro"
de você.
Você
pode andar direitinho de acordo as doutrinas e regras de sua denominação, mas pode
não estar "andando" com Deus. Porque Deus não se limita as regrinhas
criadas pelos homens. Ele é mais, muito mais do que isso. Ele vai mais além!
DENOMINAR OUTROS DE HEREGES
Outra constatação óbvia é esta: Denominar
outras igrejas como “seitárias”.
É
preciso deixar claro que a palavra “seitário” simplesmente NÃO EXISTE.
Esta palavra está tão entranhada no linguajar da Igreja, que acabou tornando-se
corriqueiro ouvir tal expressão em meio de pessoas completamente tomadas por um
sentimento de grandeza.
Aos
que mencionam tal palavra, ela é utilizada com significado pejorativo. Acaba
sendo uma forma de definir todos aqueles que são crentes, porém não fazem parte
da sua denominação, no sentido de intitular os "seitários" como
pessoas fora do evangelho, apesar de serem cristãos, já havendo aí uma enorme
discordância no vocabulário.
A palavra correta a ser utilizada, no entanto, teria que ser SECTÁRIO,
porém na realidade nua e crua a palavra a ser utilizada seria... NENHUMA!!!
Porque
no final, isso é uma forma de intolerância religiosa e completamente fora da
Palavra de Deus.
Um dos significados da palavra sectário seria "partidário." Provém da
palavra seita, que da mesma forma é usada de forma pejorativa, e o ideal é
que nunca fosse utilizada.
Voltando
ao "seitário, veja o que o Senhor Jesus responde a João quando
questionado de outras pessoas operando milagres em seu nome e não faziam parte
do meio em que eles viviam:
E João lhe respondeu, dizendo: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava
demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue.
Jesus, porém, disse: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em
meu nome e possa logo falar mal de mim. Porque quem não é contra nós é por nós.
(Marcos 9:38-40)
Dá
pra notar que desde aquela época já se sentia um traço de ignorância e uma
certa superioridade, quando João diz que ele e os discípulos proibiram alguém
de expulsar demônios porque não seguiam junto deles. E mais uma vez, Jesus dá
um esclarecimento tão notável e simples de que quem não era contra eles, por
eles seria. Simples assim!
Não houve e ainda não há (e não haverá) exclusividade sob os dons de Deus.
As pessoas precisam compreender que Deus é milhares de vezes superior a
qualquer instituição religiosa e os templos feitos pelas mãos dos homens não
durarão para eternidade e sim as almas dessas pessoas.
É necessário cuidado para que a instituição não nos faça errar perante Deus e um erro grave é
destratar nosso próximo, do contrário o Senhor não deixaria para nós o
mandamento " Amar ao próximo como a ti mesmo."
Nossos irmãos em Cristo, não importa em qual igreja cultuem a Deus, devem ser
tratados como tal. São nossos irmãos e não " seitários" ou sectários
ou, pior, primos. Somos irmãos em Cristo Jesus.
No céu não haverá separação de acordo com as placas das igrejas e muito menos
herdará o céu uma única e exclusiva denominação.
Infelizmente,
rotular uma denominação como "sectária" e sua vertente errônea
"seitária", mostra que é necessário amadurecer e muito sobre o
conceito que temos de Deus e da Igreja. Não sabemos definir de jeito nenhum
estes dois conceitos.
Imagino
que, como sempre, minhas reflexões incomodarão ao religioso comum, habituado
que está ao dogmatismo frio e engessado.
E
aqui, dirijo minha reflexão à este ser humano cristão e religioso confessional
e profundamente apegado a tradição CCB, sem esperar compreensão alguma!
Ouço
muito esta frase no meio da irmandade:
"Vamos
nos reunir na Casa de Deus"!
"Vamos
congregar"!
"Você
'tem' que estar na Casa de Deus"!
"Vamos
Buscar a palavra"!
(...)
Todas
estas frases contêm erros escrituristicos graves.
Percebi
que o culto desses irmãos são apenas rituais vazios feitos dentro de 4 paredes.
Para agradar a platéia. Sua
'religiosidade', ainda que cristã, é na verdade do tipo 'farisaica'. Hipocrisia
é a tônica de seus discursos. São intolerantes dentro e fora de casa. Pregam
o amor de cima dos púlpitos porque precisam apresentar algo aos ouvintes. Mas,
na hora da prática do amor, uma amnésia profunda os toma. Impressionante
como o amor é seletivo.
Cito as palavras sábias de um grande teólogo, que diz:
"Jesus
Cristo, domesticado nas igrejas, surgiu com frequência como o
representante justificador do sistema religioso-politico, do seu dogma,
culto, direito eclesiástico: cabeça invisível de um aparato eclesial
muito visível, garantia de tudo que foi feito em fé, ética, disciplina.
Quanta coisa não foi ele obrigado a legitimar, a sancionar na igreja e na
sociedade nos dois mil anos de cristianismo! Como apelaram a Ele reis cristãos e
principes eclesiasticos, partidos cristãos, classes e raças! Para quanta coisa
estranha - em ideias, leis, tradições, costumes, medidas - ele não teve de dar
cobertura! Portanto, contra qualquer tentativa de domesticação de qualquer
espécie, diga-se com toda clareza: Jesus não foi homem pertencente a nenhum
establishment eclesiástico ou social". (Hans Kung)
NÃO ACEITO MAIS OS DOGMAS
É
por este e outros motivos que sempre afirmarei “não aceito mais os dogmas”. Não importa de qual vertente ele venha.
NÃO aos dogmas. Eles engessam o pensamento. Eles
tornam o ser humano intolerante. Possuidores da 'verdade' e inquisidores da
divergência. Não creio que exista a forma católica de crer, a forma
espírita de crer, a forma protestante de crer e a forma judaica de crer.
Deus
não pode ser objeto de produção e projeção do ser humano. Um Deus 'particular'.
Ao sabor do grupo. E o mundo dito cristão de hoje, só modificará, assim penso
eu, quando mudarem sua forma de ver Deus e a bíblia”.
O grande causador deste tipo de visão distorcida na CCB e em
muitas igrejas evangélicas é de fato o “Dogmatismo”. Este nos impede de
respeitar e aceitar as diferenças de pontos de vista, bem como de ver nos
outros a expressão da própria natureza Divina.
O
dogmatismo engessa o pensar e congela o senso de moral que devemos
ter em relação ao outro. Torna-nos divisores da humanidade.
As
relações
fraternas que os irmãos mantêm entre si são baseadas exclusivamente no
interesse e conveniência pessoais. O que você pode me oferecer? Qual seu curriculum?
Qual a importância que você tem para mim como irmão? Como te vejo, como irmão,
ou o que? Quem é você?
A
“moral” que os irmãos pregam nos púlpitos se baseia exclusivamente no lado
exterior do ser humano. São verdadeiras águias em observar e querer limpar o
“exterior do copo e do prato” (Mateus 23:25,26), e ao contrário, são lesmas
asquerosas ao observar as qualidades (internas) espirituais.
Esta
suposta “moral” se baseia na adesão estrita aos preceitos impostos pela igreja,
ou seja, uma obediência cega a regras, sem direito a seu questionamento, o que
leva a frieza espiritual. É esta visão reducionista do ser humano causada pelo
dogma, que traz no seio da irmandade os conflitos ideológicos que estamos
acostumados a ver.
Considero,
no entanto, que a verdadeira “Moral” se relaciona com o respeito que todo
indivíduo deveria ter para com ele próprio e com os outros. O respeito a si
mesmo consiste em viver segundo suas próprias idéias e não em se fundamentar
nos comportamentos que se reprova nos outros. O respeito aos outros consiste,
simplesmente, em não fazermos ao nosso semelhante o que não gostaríamos que ele
nos fizesse. Aliás, esta é a regra áurea dos ensinos do nosso Senhor. (Mateus
7:12)
Só
conseguem enxergar que tipo de roupa você usa, se você tem TV em casa, se você usa jóias, se você vai à praia, se vai ao shopping,
se gosta de ler diversos tipos de literaturas alem da bíblia, e sobretudo, se
você emite uma opinião contrária ao que o dogma impôs como sistema, em
quaisquer áreas em que se apresente na igreja.
Estes
conflitos entram na área eclesial também. Passam a formar grupinhos, escolhem
qual cooperador e ancião é melhor para se aproximarem (este irmão prega melhor
que aquele), qual igreja devem freqüentar e o pior, quais irmãos podem fazer
parte do grupinho fechado (rejeição de alguns membros). São verdadeiros
fariseus dos tempos atuais. Dividem assim ainda mais o corpo de Cristo (se é
que posso chamar esta bagunça de “corpo”).
Percebi também que há seres humanos que se escondem sob um véu de
'religiosidade' e 'moralidade' que os torna invisíveis. Protegidos pela
divindade. Quase deixaram de ser humanos. Será que são anjos? Não, anjos talvez
não sejam tão podres!
Ninguém
consegue ver suas injustiças, trapaças e podridões. Gritam pelas ruas que são
intocáveis, que sua verdade é a única, inquestionáveis, e que suas vidas são
exemplos e sequer podem ser contrariados. Semi-deuses se tornaram.
O
dogma na igreja é uma espécie de “governo totalitário” religioso. Eu diria
mais, uma espécie de fanatismo. Um “papado” ao estilo protestante. Querem
governar suas idéias, suas roupas, seu alimento, o que você deve ou não
assistir, e por fim sua própria convicção espiritual.
É uma praga amedrontadora
da vida dos mais frágeis do pequeno rebanho. Uma prisão para sua vida
espiritual.
Se
faz urgente e necessário, portanto, que uma mudança radical seja feita nas
crenças e nas posições dogmáticas que a CCB adotou ao longo deste século, tanto no
plano moral como doutrinário. Deve ser enfatizada mais a busca da
espiritualidade latente no ser humano, suas qualidades interiores e respeitada
a liberdade de pensamento.
O QUE PENSO DA IGREJA E
QUAL MUDANÇA SUGIRO PARA ELA
A igreja hoje é uma instituição, com cadastro
no CNPJ. Atualmente é sinonimo de "templo". Esta, que o ser humano criou e fundou.
Igreja, no entanto, deveria ser simplesmente a "reunião dos chamados para fora". E, por ser assim, independe de qual lugar estejam reunidos estes "chamados". Imaginem se o conselho de anciães entendesse essa ideia. Quanto dinheiro seria utilizado apenas para matar a fome do faminto. Vestir os necessitados. Ajudar de fato somente aqueles que precisam de ajuda.Quanto dinheiro deixaria de ser desviado para o bolso "santo" de muitos!
A 'minha' igreja, no entanto, é a minha mente (Thomas Paine) e meu culto
começa quando acordo de manhã. Um culto que dispensa formalidades e números.
Onde falando ou em silêncio sou ouvido. Dentro e fora do corpo, pois 'não está
longe de cada um de nós' (Atos 17:28). Um culto onde eu não seja 'separado',
mas 'um' com Deus e os demais (João 17:21).
E
a bíblia? É aquela que estudo para tentar entender sua problemática e sua
contextualização histórico-social. Sim, deve ser estudada. Como produto de
homens para homens ela possui uma problemática a ser resolvida.
Sem contar que
fora construída com outros idiomas e outras ideologias, em outras áreas
geográficas, longe de nossa mentalidade ocidental.
Não é a mesma bíblia que sob
uma 'revelação' divina querem que eu engula e não faça digestão.
Esta, que os
líderes querem se apropriar sob um pseudo manto outorgado de autoridade
divina.
A CCB prega uma pseudo-revelação. Achismo fundamentado em achismo.
Basta
formular frases conectadas e disparar perguntas simples para derrubar essa falsa revelação:
Ancião, cooperador, ou
diácono, por favor, me explique em detalhes como se formou a bíblia? Por que
ela tem 66 livros, nem mais nem menos? Como foram escolhidos e canonizados os
66 livros? Por quem foram? O que é Canonizar?A biblia caiu do céu prontinha para você ler na igreja?
Não
estou querendo denegrir a imagem das pessoas que frequentam o templo CCB, pois tem gente muito séria lá, que leva a vida diante de Deus com
muita responsabilidade. Cada pessoa é
livre para seguir onde se sentir melhor, o que eu não gosto e que não
concordo é ter que ser coagido a seguir ou aceitar algo que não me sinto à
vontade, ou que em minha compreensão não se tornou inteligível. Tenho direitos
também de seguir ou não!
Em resumo isto é uma especie de carta aberta a qualquer irmão (seja ele do ministerio da CCB ou não), onde apresento minhas reflexões sobre o porque não pertenço mais a esta denominação conhecida como Congregação Cristã no Brasil.
Obs. final: Pode ser que este artigo sofra algum acrescimo, se eu julgar necessario.
Marcelo Valle